sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Camilo mantém Izolda e lança Cid Gomes ao Senado



Depois de muita especulação, finalmente, as articulações em torno da chapa majoritária que tem Camilo Santana como candidato à reeleição estão fechadas. A aliança “formal” será mesmo entre PT e PDT, deixando espaço para o avanço do MDB na disputa ao Senado Federal.

Camilo Santana manterá como vice, Izolda Cela (PDT), e lançará, em coligação com o PDT, o nome do ex-governador Cid Gomes. O material de campanha, inclusive, já está no forno e mostra os três nomes na disputa.

A coligação “Com a Força do Povo” será homologada em convenção no dia 5 de agosto. As demais legendas que apoiam a reeleição de Camilo devem se dividir em blocos para a disputa proporcional (de deputados estaduais e federais).

A estratégia abre espaço para a reeleição de Eunício Oliveira (MDB) ao Senado. Apontado pelo petista como “grande aliado” nas questões administrativas envolvendo a liberação de verbas para obras do Ceará, o senador trabalha para garantir o apoio de Camilo na composição da chapa majoritária, o que, em tese, abriria caminho para a reeleição.

Eunício, no entanto, enfrenta a rejeição [declarada] de Ciro e [velada[ de Cid Gomes e, mais recentemente, de setores do PT que reivindicavam espaço para a vaga hoje ocupada pelo senador José Pimentel (PT). O recuo do PT, que no último sábado (27) abriu mão da vaga ao Senado, no entanto, abriu caminho para o emedebista.

Chapa
Em entrevista a editora de política do OE, Camilo já havia revelado que defendia a composição da chapa majoritária, incluindo o ex-governador Cid Gomes (PDT) e o senador Eunício Oliveira para as duas vagas ao Senado Federal. “É natural essa aliança até porque foi um processo que foi construindo uma parceria administrativa, os resultados.
Então, é natural que os pré-candidatos e, posteriormente os candidatos, após a homologação, sejam esses dois senadores: Cid e Eunício”, revelou no último dia 20 de julho.

Na ocasião, Camilo ainda afastou a possibilidade de rejeição do nome do senador Eunício durante votação dos nomes em convenção. “Nós vamos tentar construir a pactuação antes da convenção no dia 5 de agosto. Com muito diálogo, de forma democrática, ponderando, ouvindo as divergências, nós vamos tentar construir, da melhor forma que for possível, os caminhos para essas eleições de 2018”, enfatizou o governador.
A aliança, no entanto, será informal e o MDB deve lançar chapa majoritária apenas com Eunício para o Senado, além dos dois suplentes para a vaga.

Gratidão
Ainda durante entrevista, Camilo destacou o sentimento de gratidão por Eunício e disse que vai manter sua “coerência” ao defender a parceria com Eunício. “Mas uma coisa que é importante, e eu quero dizer ao povo cearense, é que eu sempre mantive a linha, a minha coerência e não vou desvirtuar nenhum milímetro daquilo que eu acredito. E, na política, precisa ter uma coisa chamada gratidão. Eu sou grato ao senador Eunício pelo apoio e pelo trabalho que ele tem feito em benefício do povo cearense. É minha responsabilidade, enquanto governador, independente de quem seja e quiser ajudar o meu estado, seja ele de partido A, B ou C, que queira ajudar o povo cearense a trazer recursos, benefícios para o Estado do Ceará, que ainda precisa de muita coisa, eu estarei sempre aberto a dialogar, a construir as parcerias em benefício do povo cearense”.

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