quinta-feira, 7 de março de 2019

Presidente da FAEC analisa situação das chuvas e dos açudes do Ceará

De acordo com dados divulgados hoje (07) pela FUNCEME, onze açudes sangraram no Ceará após o feriado de carnaval. São eles os açudes de: Itauna, Tucunduba, Diamantino II, Maranguapinho, Cocó, Germinal, Tijuquinha, Batente, São José I, Gameleira e Acaraú Mirim. Estão com mais de 90% da capacidade: Jenipapo, São Vicente e Gangorra.
Nos  três maiores açudes do estado, a situação está variante. Enquanto o açude de Orós está com apenas  5.36 % do seu volume, o Castanhão está com 3.56 %. O açude de Araras, localizado em Varjota, está com 20.9% da sua capacidade.

Em entrevista ao programa Narcélio Lima Verde,  da  Radio FM Assembleia , o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará -FAEC Flávio Saboya manifestou entusiasmo pelas chuvas que banham o Ceará nos últimos quinze dias . “Particularmente em minha vivência, acredito que a situação mudou. Tenho uma pequena propriedade no município de Cascavel e analisando esses últimos 5 – 6 anos, a situação está muito superior em termos de pluviosidade e a informação que estou recebendo do interior, dos diversos sindicatos nossos, é de ânimo e de entusiasmo com a chegada dessas chuvas, principalmente nos últimos 15 dias, quando ela têm se intensificado. Temos ainda o sonho de que no mês de  Abril, ocorram chuvas mil,  chegamos o mês de março com chuvas na média e ultrapassarmos, terminando a nossa quadra invernosa em abril.”, disse.

O Presidente da FAEC  destacou ainda, a importância da utilização de água para a fruticultura. “Uma coisa que muito nos preocupa enquanto produtor rural é a problemática da reposição hídrica das barragens, principalmente das grandes barragens. Tem-se o pleno conhecimento  que muitos   produtores  desenvolveram suas propriedades com a visão empresarial  com  uma agricultura voltada à exportação de frutas , principalmente na região do baixo e médio Jaguaribe. Isso foi muito entusiasmante. O Ceará se transformou muitas  vezes,  no maior exportador do Brasil de melão, banana e  outras frutas. De uma hora para outra,  a água desses perímetros foi cortada, devido à escassez ocorria com a falta de chuvas . Isso levou a paralisação dessas atividades.. Tivemos produtores que precisaram  demitir mais de 1.500 trabalhadores que estavam na fruticultura irrigada . Então,  temos que pensar muito, estamos  conversando  com a COGERH, e ela é sensível a isso, o governo precisa informar  para o produtor antes de iniciar o período  de produção e dizer “você está autorizado a utilizar este ano tantos  metros cúbicos de água”, ou não deixar tal produtor começar e depois perder. Esse planejamento tem que existir.”, finalizou

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