quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Projeto Cearense ganha maior prêmio do Patrimônio Cultural brasileiro

Uma caravana leva às diversas aldeias de 14 etnias do Ceará atividades que contribuem para a preservação da memória, do patrimônio imaterial e para a difusão e valorização da cultura dos povos indígenas do estado. A II Caravana do Museu Indígena Tremembé realizou uma série de oficinas, palestras, rituais sagrados, danças e apresentações artísticas com esse propósito. Essa ação de salvaguarda é um dos oito projetos vencedores da 31ª Edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os responsáveis pelos projetos vão ser homenageados ao lado dos outros ganhadores numa grande festa que será realizada no próximo dia 09 de novembro, no Teatro da Paz, em Belém.

Há 31 anos, o Iphan distribui uma premiação em dinheiro a ações de destaque nacional com o objetivo de estimular aqueles que atuam na proteção, preservação e divulgação do rico Patrimônio Cultural brasileiro. Em 2018, os oito projetos vencedores estavam entre os 302 que se inscreveram em todo o país. Os ganhadores recebem o prêmio de R$ 30 mil, troféu e o Selo do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade – 2018, além de serem tema da Revista da 31ª Edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, publicação que será distribuída em Belém e nas Superintendências e Escritórios Técnicos do Iphan em todo Brasil.

A cerimônia de entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade em 2018 tem o apoio à realização da Xingu-Rio Transmissora de Energia (XRTE) e tem o patrocínio da Vale.

A II Caravana do Museu Indígena Tremembé

Preocupados em garantir que suas tradições, seus costumes, a riqueza de sua cultural, enfim, fosse preservada e transmitida por gerações e gerações, o Pajé Luís Caboclo, da aldeia da Varjota, no município de Itarema (CE), e o Cacique João Venança, da aldeia Tremembé de Almofala, em Itarema (CE), tiveram a ideia de percorrer todos os povos indígenas do Ceará para chamar atenção de cada um deles a respeito da importância de manter essas culturas vivas. Os dois idealizaram e organizaram a II Caravana do Museu Indígena Tremembé, que passou a levar, às diversas aldeias de 14 diferentes etnias, atividades que contribuem para a preservação da memória, do patrimônio imaterial e para o resgate e a difusão da cultura dos povos indígenas do estado.

Proposta pelo Conselho Indígena Tremembé de Almofala, do Ceará, por intermédio de Everthon Damasceno, a Caravana realizou uma série de oficinas, palestras, rituais sagrados, danças e apresentações artísticas com esse propósito. Foi assim que, durante sete meses, entre 2016 e 2017, a Caravana percorreu 15 municípios e 31 aldeias de 14 povos indígenas distintos, chegando a cada comunidade para contribuir para o fortalecimento da Cultura Indígena e suas vivências sagradas.

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