quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Nova gestão do BNB tem foco no desenvolvimento

Assumiu nesta semana o novo presidente do Banco do Nordeste (BNB), o engenheiro civil e economista cearense, Marcos Costa Holanda. Ele já é o quinto dos últimos quatro anos e o segundo da nova administração da presidente Dilma Rousseff. A nomeação de Holanda à frente do BNB foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), no dia 4 de janeiro deste ano, e ocorre em meio a alterações substanciais na política econômica brasileira, em um cenário de taxas de juros crescentes, contingenciamento de recursos federais e aperto no crédito bancário.

Crédito garantido
“Vamos fazer alguns ajustes no que está aí, mas nada de querer inventar a roda”, respondeu Holanda, para o Diário do Nordeste, na tarde de ontem, enquanto ainda busca se inteirar da atual política de gestão impressa na instituição. Natural da área acadêmica, professor titular da Universidade Federal do Ceará (UFC), e com profundos conhecimentos econômicos, notadamente nas áreas de câmbio, balanças de pagamentos e finanças públicas e internacionais, Holanda declarou que o foco de sua gestão será a promoção do fomento e o desenvolvimento regional.

No último levantamento realizado pelo BC, o BNB figura com as taxas mais atrativas do mercado em produtos para pessoa física (desconto de cheques) e pessoa jurídica (cheque especial). Nesses casos, a taxa praticada pela instituição é de 2,24% e 2,62% ao mês, respectivamente.

A instituição também aparece em segundo, quarto e sétimo lugares com as taxas de juros dos produtos conta garantida (1,39%), capital de giro com prazo superior a 365 dias (1,57%), e capital de giro com prazo até 365 dias (1,72%), todos voltados à pessoa jurídica. Em descontos de cheques para pessoas jurídicas, o BNB aparece em sexto lugar com taxa de 2,28%, ao mês.

Comercial
Marcos Holanda disse que não se oporá ao novo modelo de gestão de crédito, com grande foco no segmento comercial, implementado nesta última gestão. “Vamos apoiar todas as iniciativas positivas. A parte comercial também deve ser desenvolvida, desde que seus rendimentos sejam direcionados para o desenvolvimento regional”, ressaltou o economista.

“Para mim, presidir o Banco do Nordeste será um grande desafio. Como nordestino, me sinto honrado e muito satisfeito em presidir o BNB”, exclamou Holanda. Administração que, segundo ele, será feita de maneira muito transparente e aberta. Para tanto, buscará parcerias com os Estados, municípios, com representantes do setor empresarial, entidades de classes
e de trabalhadores, seguimentos com quem pretende conversar para conhecer de perto as demandas e as reais necessidades.

“Pretendemos conversar com todos os segmentos. Buscaremos parcerias com todas as correntes (políticas e econômicas e governamentais)”, antecipou o economista. Antes, terá uma reunião, ainda sem data, com seu novo chefe direto, o ministro da Fazenda, Joaquim Levi. Reconhecido por adotar uma postura crítica e eminentemente técnica e analítica da economia, mas de grande repercussão política, Holanda destacou-se na cena pública estadual após fundar e presidir o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), na administração do ex-governador Lúcio Alcântara.

Atual pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além de professor titular da UFC, Holanda colaborou como assessor econômico da campanha ao governo do Estado, do senador Eunício Oliveira, a quem se atribui a sua indicação à presidência do BNB. Marcos Holanda entrou em substituição ao filósofo e bacharel em Letras, o piauiense Nelson Antônio de Souza.

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