terça-feira, 20 de outubro de 2015

Incêndio que atinge vegetação na região de Ibiapaba já dura seis dias

A extensão total da área queimada ainda não foi divulgada, mas há focos de incêndio em Frecheirinha, Ubajara e Tianguá, segundo o Corpo de Bombeiros. Operação segue nessa terça-feira, 20, com um helicóptero da Ciopaer


Um incêndio atinge a vegetação da região de Ibiapaba há seis dias, no Interior do Ceará. Equipes do Corpo de Bombeiros, do Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), além dos brigadistas do Parque Nacional da Ibiapaba, trabalham diariamente na área para controlar as chamas. Não há feridos e nenhuma área habitada foi afetada. 

Segundo o capitão Mardens Vasconcelos, do Corpo de Bombeiros de Sobral, o incêndio começou na quinta-feira, 15, e o fogo é concentrado em áreas de difícil acesso. “Nós mandamos dez bombeiros, que começaram a trabalhar com os brigadistas do Ibama. Há focos de incêndio em FrecheirinhaUbajaraTianguá”, detalha. O efetivo foi reforçado com cerca de 30 bombeiros de Fortaleza, enviados ao local na segunda-feira, 19. 

No domingo, 18, a operação contou ainda com o helicóptero da Ciopaer, que utilizou um equipamento canadense chamado “bambi-bucekt’’ para lançar quatro mil litros d’água – captadas de um açude próximo à queimada. O equipamento também será utilizado, novamente, nesta terça-feira, 20, conforme o capitão. 
“As causas ainda não foram identificadas, mas é um fogo em vegetação. Para controlar as chamas, as equipes usam abafadores, ciscadores, enxada e bombas costais, que jorram água”, explica Mardens. O analista ambiental Humberto Fragoso, do Ibama Ceará, informou que seis brigadistas foram à região na sexta-feira, 16, e no sábado, o coordenador do Prev fogo também foi ao local. 

O incêndio também atinge uma área do Parque Nacional de Ubajara, de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), parceiro do Ibama. A extensão incendiada ainda não foi divulgada pelo Prevfogo nem pelo Corpo de Bombeiros. 
“Na maioria dos casos, o próprio ser humano é o responsável por estes incêndios ao fazer queimadas indevidas e indiscriminadas”, explicou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em nota. 

Para o analista ambiental do Ibama, Humberto Fragoso, os incêndios florestais são devastadores. “Na capital temos temperaturas amenas e não temos noção do que ocorre no Interior. É uma reação em cadeia que se repete ano a ano. Somos o semiárido mais populoso do mundo, mas é um bioma frágil”, frisa.

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