Diversidade de produtos e preços baixos ainda são os principais atrativos para os consumidores que frequentam o Centro de Fortaleza, região que hoje enfrenta desafios, mas que segue resistindo e se mantendo competitiva. Nem mesmo a expansão do número de shoppings na Capital cearense foi suficiente para reduzir a relevância econômica do Centro. Isso não quer dizer que os comerciantes da região estejam satisfeitos, uma vez que o bairro tem enfrentado o crescimento do comércio informal e da insegurança. Mas os empresários mantêm a esperança de ver a região mais viva a partir da execução do projeto Novo Centro, da Prefeitura de Fortaleza. A ação prevê investimento acima de R$ 150 milhões em ações como reforma de calçadões, praças e teatros, habitação, mobilidade urbana e segurança, entre outras.
De acordo com o titular da Secretaria Regional do Centro, Adail Fontenele, a Prefeitura de Fortaleza e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) conversaram muito sobre ações para requalificar o Centro desde o início deste ano. Esse debate foi ampliado ao longo de 2018, resultando na série de ações previstas pelo projeto Novo Centro.
"Vamos trabalhar seis eixos. Na habitação, a ideia é trazer para o Centro entre 500 e 900 moradores. A Prefeitura entende que o Centro precisa ser repovoado para que a sensação de segurança possa ser ampliada. Também serão trabalhados eixos como segurança, com a ampliação de 43 para 83 no número de câmeras de vigilância, por exemplo; dos moradores de rua, que serão, aos poucos, retirados da região do Centro para locais de moradia mais digna; cultura e turismo, com a valorização dos equipamentos turísticos do Centro, como praças e teatros; ordenamento do comércio informal, sobretudo na Rua Barão do Rio Branco, na Avenida Senador Pompeu e na Praça José de Alencar; e infraestrutura de mobilidade urbana", explica Fontenele.
Segundo o secretário, as intervenções realizadas pela Prefeitura deverão ser concluídas no segundo semestre de 2019. As primeiras obras, contudo, já serão entregues em novembro deste ano, a exemplo do calçadão da Rua Liberato Barroso, que teve três quarteirões inteiramente renovados e reorganizados para o comércio local. "A gente está fazendo tudo o que a Prefeitura pode para fortalecer essa região da cidade", garante.
Esperança
O projeto Novo Centro atende a uma reivindicação antiga dos empresários que atuam no bairro e que reclamam, principalmente, da concorrência desleal do comércio informal. "Nós estamos pedindo essa requalificação há 34 anos. O ramo de confecção diminuiu muito, pois as lojas fecharam em decorrência da feira da Rua José Avelino. Hoje, o Centro passa por essa repaginação buscando trazer para o bairro não o que existia outrora, mas para fazer um bairro mais dinâmico e com novas estruturas de lazer", comenta o presidente da CDL Fortaleza, Assis Cavalcante.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), Maurício Filizola, o projeto também é relevante para fortalecer o comércio e a economia de Fortaleza. "Em qualquer cidade, a região comercial do Centro é importante. O que nós temos aqui é algo que precisa ser melhorado, pois o comércio informal se apoderou de espaços públicos de uma maneira desordenada e que vem prejudicando, principalmente, os empresários do setor que têm seus negócios legalizados", afirma.
A opinião é compartilhada pelo presidente da Associação dos Empresários do Centro de Fortaleza (Ascefort), João Maia Santos Júnior. "No Centro, a gente resiste. O comércio informal cria uma concorrência predatória", avalia, destacando a relevância econômica do Centro. "Hoje, cerca de 80% da cidade tem suas compras realizadas no Centro ou oriundas dessa região. A pessoa compra o arroz lá no bairro dela, por exemplo, mas esse produto já foi do Centro, que concentra os grandes atacados", diz. Para ele, questões como informalidade e insegurança vão melhorar com o projeto Novo Centro. "Eu acredito que vai dar certo. Precisa dar certo, não é porque eu queira, é porque precisa", afirma, emocionado.
Empregos
A requalificação do Centro resultará, ainda, em mais empregos. "O Centro pode crescer muito com o projeto. Do jeito que está, com essa feira livre, está gerando cerca de 15 mil desempregos formais. Com a nova estrutura, esses empregos devem ser retomados nas lojas", diz Maia Júnior.
Sobre projeção de crescimento das vendas após a requalificação, ele diz que é cedo para falar, mas acredita que pode haver um avanço superior a 10%. "O Centro tem um jargão forte que diz que gente inteligente compra mais e paga menos. O Centro tem tudo que você precisa e é tudo mais barato. Isso não é uma propaganda de farmácia, mas é o remédio da economia de todos os cearenses", finaliza.
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