A Comissão Mista da
Câmara federal e Senado, promove na próxima sexta- feira, dia 18, às 10hs, durante o primeiro expediente na Assembleia Legislativa, debate sobre a ampliação do prazo para
renegociação das dívidas rurais dos produtores com os bancos , a questão do
endividamento rural dos grandes, médios e pequenos produtores do Nordeste, a
inadimplência e a impossibilidade de acesso a novos créditos que estão
inviabilizando a atividade no campo.
Nosso objetivo
enquanto Federação é aprovar as emendas apresentadas pelas
federações do Nordeste à Ministra da Agricultura Katia Abreu no dia 7 janeiro deste ano, que estão na MP 707, assinada no final do ano passado pela presidente Dilma
Rousseff, elas é que vão resolver o
problema do endividamento dos produtores
rurais, disse o Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do
Ceara- FAEC, Flávio Viriato de Saboya Neto, que está trazendo para a sessão
especial da Assembleia, um número estimado de 150 pessoas, entre lideranças
classistas, sindicais e de produtor
rurais de diversas regiões do Estado.
Segundo Flávio Saboya
na sessão será distribuído um
documento com o conteúdo das 9 emendas
propostas pela CNA, mas ao todo foram apresentadas 93 emendas à MP. Entre as propostas ele cita:
Mudança na metodologia do cálculo do saldo devedor das operações,
aumento do percentual de desconto para liquidação, aumento do limite do valoror
financiado para liquidação que antes era
até 100 mil.
.
A reunião contará com
as presenças do presidente da Comissão
Mista de senadores e deputados federais da Medida Provisória 707, senador Fernando Bezerra Coelho ( PSB- PÉ),
senadores Jose Pimentel( PT) , Eunicio Oliveira( PMDB), do relator da Comissão Marx Beltrão( PMDB/
AL), deputados federais José Airton
Cirilo coordenador da bancada federal, Danilo Forte( PSB), Raimundo Gomes de
Matos ( PSDB) , e Os deputados estaduais
Moisés Braz( PT) , presidente da
Comissão de Agricultura na Assembleia e
o deputado Elmano Freitas ( PT) ,
também são autores da sessão.
Segundo Saboya, ano
passado, o Governo Federal editou a Medida Provisória 707 (MP 707), que
passou a valer no dia 31 de dezembro, suspendendo o encaminhamento das
operações de crédito rural para inscrição em dívida ativa e cobrança judicial
até o final de 2016. Apesar dessa moratória permitida pelo governo, os órgãos
de cobrança das instituições financeiras continuam emitindo cartas com ameaças
de inclusão dos nomes dos agricultores nos serviços de proteção ao crédito.
Estão previstas a participação de caravanas das regiões do
Litoral Leste (Aracati, Cascavel, Beberibe e Horizonte) e Litoral Oeste (Morrinhos, Amontada e Itapipoca)
, Sertão Central( Quixadá ,
Quixeramobim , Banabuiú e Ibaretama) e de
Canindé.
Segundo o Presidente da FAEC, Flávio Saboya, 90% dos produtores rurais do Ceará e
do Nordeste, estão sem condições de pagarem suas dívidas. "A proposta da CNA, já discutida com os presidentes
de federações do Nordeste é de liquidar
e/ou repactuar as dívidas originárias de crédito rural e agroindustrial
(custeio, investimento e comercialização) contratadas até 31 de dezembro de
2015, independentemente da fonte de recursos e do valor financiado, mesmo que
já tenham sido repactuadas em outras Leis. O prazo final para renegociação da
liquidação é até o dia 31 de dezembro de 2017. De acordo com o cronograma de
reembolso para os interessados em negociar, o débito será divido em 10 parcelas
anuais, vencendo a primeira em 2021 e a última em 30 de novembro de 2030. Os
encargos financeiros variam entre 0,5% e 2% ao ano para agricultores familiares
e 3,5% ano aos demais produtores. Dependendo do valor financiado e do ano
contratado, o desconto pode chegar até 95%, há ainda, um bônus de adimplência
de até 80% a serem aplicados sobre cada parcela paga na data do seu respectivo
vencimento.
Com quatro anos de seca e agora sem água, perdendo suas
lavouras e seus animais, os produtores
estão impossibilitados de pagarem seus compromissos nesse momento, declarou o
presidente da Faec, que já esteve em
audiência com a Ministra da Agricultura Katia Abreu em companhia do
presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil- CNA , João Martins , a quem
entregaram um dossiê com a
situação dos produtores cearenses e também um abaixo assinado, dos presidentes
de sindicatos do Ceará, que na época
reivindicaram também uma
audiência pública na Assembleia
Legislativa do Ceará.
Conforme informou há uma exigência por parte do agente
financeiro pela contratação de seguros na
repactuação de operações de crédito, onde a apólice assegura sinistros com pouquíssima
possibilidade de ocorrer o evento, tais como queda de aeronave, granizo,
inundação
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